É diante do cenário de mudanças climáticas globais que o Instituto Ilhas do Brasil, com sede no Pântano do Sul, criou, há três anos, o projeto Adaptar Brasil, idealizado para atuar na adaptação aos efeitos extremos destas mudanças, para comunidades ilhéus. Dentro dessa temática, o Instituto se propõe a colaborar na criação da cultura de percepção ao risco e vulnerabilidade ambiental a eventos climáticos extremos para comunidades de pesca artesanal viventes em ilhas e zona costeira, através do Programa de Adaptação às Mudanças Climáticas do IIB, do qual o Projeto Adaptar faz parte e tem como apoiadores atuais o Instituto Bovespa Social e o Instituto HSBC Solidariedade.
A partir das perguntas, como é morar em uma ilha? quais são os aspectos ambientais que nos envolvem para levarmos nossa vida naturalmente? Como adaptamos nossas atividades cotidianas a esses eventos ambientais? são fundamentadas as ações do projeto Adaptar Brasil. Entre as etapas primordiais para a criação de cultura de percepção de risco está a de compreender exatamente como as comunidades estão percebendo os efeitos desses eventos climáticos extremos em suas vidas. “Ressacas muito violentas, que impedem a pesca, deslizamento de barreiras ou inundações, e situações de emergência são algumas das situações que servem para diagnosticar como as pessoas estão se preparando para enfrentar tais eventos”.
Atualmente está sendo realizada a etapa do Diagnóstico da Percepção das Comunidades do Subdistrito do Pântano do Sul, envolvendo diretamente as localidades da Armação, do Pântano do Sul, da Costa de Cima e da Costa de Dentro, com a realização de um questionário de percepção de risco, sistematização dos resultados, compreensão do que as comunidades estão sinalizando como necessidades dentro do tema.
Seguimos com a criação de Oficinas de Sensibilização para a criação da cultura de percepção de risco e vulnerabilidade ambiental, oferecendo para as comunidades um momento de conhecimento e esclarecimentos dos assuntos que envolvem as dinâmicas ambientais de se morar em ilha. Além de buscar promover a integração de moradores e técnicos especializados, e assim, realizar uma das mais importantes etapas da adaptação: apropriação de conceito.
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